quarta-feira, 27 de junho de 2012

baby, I'm sure

 ...

Todo o dia a gente tem um ao outro,
Manhã cedo agora é bom de levantar,
Toda a dor que me aparece eu te conto,
Você me cura sem sequer notar...


é você que tem



É você que tem
Nas tuas mãos
Meu choro de mulher
Tem meu ver
O meu sonhar, o que quiser
É você que é
O homem meu
Meu grande amor da minha vida
É tão teu
O gosto da minha mordida
É você que tem
O colo qu'eu
Deito e descanso

É tão teu
Meu coração aflito e manso
É você que tem
Na pele a luz
Cor da coisa mais segura


...

domingo, 17 de junho de 2012

Fomos serenos, num mundo veloz...

Éramos célebres líricos
Éramos sãos
Lúcidos céticos
Cínicos não
Músicos práticos
Só de canção
Nada didáticos
Nem na intenção
Tímidos típicos
Sem solução
Davam-nos rótulos
Todos em vão
Éramos únicos
Na geração
Éramos nós dessa vez
Tínhamos dúvidas clássicas
Muita aflição
Críticas lógicas
Ácidas não
Pérolas ótimas
Cartas na mão
Eram recados
Pra toda a nação
Éramos súditos
Da rebelião
Símbolos plácidos
Cândidos não
Ídolos mínimos
Múltipla ação

Sempre tem gente pra chamar de nós
Sejam milhares, centenas ou dois
Ficam no tempo os torneios da voz
Não foi só ontem, é hoje e depois

São momentos lá dentro de nós
São outros ventos que vêm do pulmão
E ganham cores na altura da voz
E os que viverem verão

Fomos serenos num mundo veloz
Nunca entendemos então por que nós
Só mais ou menos

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Lobotomia

Quando eu jacu, você erudição
Você pé no chão, eu aerovia.
Quando eu minoria, você população.
Quando você hindu, eu vacaria.
Quando eu caligrafia, você computação
E se você amputação, quem me abraçaria?
Quando o meu tumtum bate com o... o seu, atrofia
E se o teu taquicardia, aí do meu coração
Quando eu presidio do ahu, você alforria
Quando você séria, serei piração
Quando eu contusão, você anestesia
Você Capitu e eu maridão
Quando eu dragão, você antipaleontologia
E se não contraria que então senão
Quando você no iglu, eu insolação
Quando eu maresia, cê jamais fumaria
Quando você Ave Maria, eu danação
Quando eu voodoo, você na sacristia
Você renascia e eu abstração
e se eu Lobão, você me lobotomia
Me lobotomia, me lobotomia, me lobotomia
 
 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

vida de desempregada



Bem... ando meio... desempregada e com um tempinho livre, graças a DELLLLSSSS! Bom pra pensar em coisas novas, projetos, projetos, projetos, projetos, fazer as coisas que eu amo e desenhar <3
 Então, como meu tempo livre está bem livre, vou até postar as coisas inúteis eu tenho feito da vida :)

ILUSTRAÇÕES (OU QUASE)


esse foi um freela para um amigo querido, que eu não conheço de verdade, mas é querido ^^












Mais inutilidades fofas:

CORUJAS COM ROLINHO DE PAPEL HIGIÊNICO


pouco pixel pra muita foto, sorry


MAIS INUTILIDADES PARA CASA

péssima qualidade da foto, produção

BABAR BABAR BABAR COM A IRMÃ MAIS NOVA <3


fim (mentira), preguiça de falar mais mesmo :)






domingo, 3 de junho de 2012

santa chuva


Vai chover de novo, deu na TV 
Que o povo já se cansou de tanto o céu desabar 
E pede a um santo daqui que reze ajuda de Deus 
Mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim 
Vem cá que ta me dando uma vontade de chorar 
Não faz assim, não vá pra lá 
Meu coração vai se entregar à tempestade 
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu? 
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez? 
Cadê aquela outra mulher? Você me parecia tão bem
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar 
Quem foi que te ensinou a rezar? 
Que santo vai brigar por você? 
Que povo aprova o que você fez? 
Devolve aquela minha TV que eu vou de vez 
Não há porque chorar por um amor que já morreu 
Deixa pra lá, eu vou, adeus 





Consulta...



...que a gente na vida foi feito pra voar
No vento que bate pra gente se secar.



eu só não quero

eu só não quero andar na rua em dia de chuva
perder o ônibus, chegar tarde

não quero esquecer sua música
nem tomar chá no copo

eu só não quero ser apenas um número de telefone
na letra L da sua agenda
nem ser só uma folha de um caderno de anotações

eu só não quero ficar não querendo as coisas
mas eu não consigo

me leve, me leve, me leve
meu sentimento é pesado demais pra carregar sozinha

me leve um pouco com você
me prenda no pé da sua cama
me jogue nos seus braços, que lá eu fico bem

coloque um pouco de cor nas minhas paredes
abra minha janela
semeie seu vento
beba minha tempestade

grite meu nome no portão da minha casa
invada meu quarto
me diga que nada, nada vai cair desse terceiro andar

mude meus móveis
sacuda a poeira
limpe os pés antes de entrar
e coloque meia colher de açúcar no meu café

me abrace com o coração
sussurre em meu ouvido as canções que me derretem
depois me recolha
me coloque no berço
feche as cortinas
tire a roupa
deite aqui comigo
e exista.