
O livro foi escrito no exílio. É formado por textos curtos, sonhos reais e imaginários. Memória. Um livro onde os bandidos eram os governantes. Pelo menos para nós. Hoje, os homens oprimidos pelos governos totalitários são o governantes, na maioria dos países onde os acontecimentos narrados por Galeano se passaram.
Os governos são ocupados hoje, por nossos intrépitos heróis, cavaleiros do bem que lutavam contra o mal. Heróis que conseguiram o poder mas não conseguiram se livrar do mal. Acho que Galeno está tão decepcionado quanto nós, seres comuns, com as mudanças que ocorreram. Uma frase muito interessante do livro é essa:
Outras frases:“O poder”, dizem, “é como o violino: pega-se com a esquerda e toca-se com a direita”. E como a máxima encaixa também ao nosso governo presente! Sim, no caso da política, no caso dos políticos, é bem certo que a a História se não se repete, tende, pelo menos, a repetir-se.
"Vida cigana. As coisas me acompanham e vão embora. São minhas de noite, perco-as de dia. Não estou preso às coisas; elas não decidem nada".
"A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo"
"Tenho saudades de um país que ainda não existe no mapa."