sábado, 28 de maio de 2011

Les Eaux de Mars

Un pas, une pierre, un chemin qui chemine
Un reste de racine, c'est un peu solitaire
C'est un éclat de verre, c'est la vie, le soleil
C'est la mort, le sommeil, c'est un piège entrouvert

Un arbre millénaire, un nœud dans le bois
C'est un chien qui aboie, c'est un oiseau dans l'air
C'est un tronc qui pourrit, c'est la neige qui fond
Le mystère profond, la promesse de vie

C'est le souffle du vent au sommet des collines
C'est une vieille ruine, le vide, le néant
C'est la pie qui jacasse, c'est l'averse qui verse
Des torrents d'allégresse, ce sont les eaux de Mars

C'est le pied qui avance à pas sûr, à pas lent
C'est la main qui se tend, c'est la pierre qu'on lance
C'est un trou dans la terre, un chemin qui chemine
Un reste de racine, c'est un peu solitaire

C'est un oiseau dans l'air, un oiseau qui se pose
Le jardin qu'on arrose, une source d'eau claire
Une écharde, un clou, c'est la fièvre qui monte
C'est un compte à bon compte, c'est un peu rien du tout

Un poisson, un geste, c'est comme du vif argent
C'est tout ce qu'on attend, c'est tout ce qui nous reste
C'est du bois, c'est un jour le bout du quai
Un alcool trafiqué, le chemin le plus court

C'est le cri d'un hibou, un corps ensommeillé
La voiture rouillée, c'est la boue, c'est la boue
Un pas, un pont, un crapaud qui croasse
C'est un chaland qui passe, c'est un bel horizon

C'est la saison des pluies, c'est la fonte des glaces
Ce sont les eaux de Mars, la promesse de vie

Une pierre, un bâton, c'est Joseph et c'est Jacques
Un serpent qui attaque, une entaille au talon
Un pas, une pierre, un chemin qui chemine
Un reste de racine, c'est un peu solitaire

C'est l'hiver qui s'efface, la fin d'une saison
C'est la neige qui fond, ce sont les eaux de Mars
La promesse de vie, le mystère profond
Ce sont les eaux de Mars dans ton cœur tout au fond

Un pas, une pierre, un chemin qui chemine
Un reste de racine, c'est un peu solitaire

C'est l'hiver qui s'efface, la fin d'une saison
C'est la neige qui fond, ce sont les eaux de Mars
La promesse de vie, le mystère profond
Ce sont les eaux de Mars dans ton cœur tout au fond
 
é a coisa mais linda da face do PLA-NE-TA

domingo, 22 de maio de 2011

Eh, ôô, vida de gado

Vida de gado 
Zé Ramalho

Vocês que fazem parte dessa massa,
Que passa nos projetos, do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais, do que receber.

E ter que demonstrar, sua coragem
A margem do que possa aparecer.
E ver que toda essa, engrenagem
Já sente a ferrugem, lhe comer.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

O povo, foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela

E sonham com melhores, tempos idos
Contemplam essa vida, numa cela
Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo, se acabar
A arca de Noé, o dirigível
Não voam, nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar.



Zé Ramalho compôs “Admirável Gado Novo” numa referência ao livro de Aldous Huxley “Admirável Mundo Novo”. Escrito em 1932, descreve uma sociedade hipotética do futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e ordens sociais sem possibilidade de contestação e senso crítico.

A expressão “massa” aparece como um forte indicador do anonimato, do tratamento não individual, essencialmente coletivo que o Capitalismo impõe aos indivíduos. Representa a necessidade da produtividade, bem como aquilo de pouco apuro, reflexão e qualidade, dada a falta de acesso da “massa” à educação e ao conhecimento de uma forma geral.
Essa condição massificada gera o problema de “dar muito mais do que receber”, característico do modo de produção capitalista que faz com que o trabalhador produza muito e receba pouco. No caso brasileiro, essa exploração se caracteriza desde o campo, com o trabalho semi-escravo, à cidade, com as altas cargas de trabalho e a constante supressão dos direitos trabalhistas. Assim, temos o quadro lamentável da nossa estrutura de classes. Apesar disso o autor enfatiza a coragem da “massa”, demonstrada “à margem do que possa parecer”, na manifestação de um povo que sofre com o sistema, mas não perde sua alegria.
Uma outra faceta digna de maior discussão é a metáfora do gado. Afinal, que semelhanças podemos depreender, pela ideologia do compositor, entre o “povo marcado” e o gado? De fato não haveria um ser melhor para representar a submissão e o conformismo do que o gado, que se deixa ordenhar, direcionar e guiar pelos seus “donos”. A condição de manipulação e exploração a que se submete este animal ocorre desde a vida até a morte, na extração da carne para a alimentação humana.
A condição da classe dominada é semelhante, pois o aumento do lucro dos donos dos meios de produção é proporcional a degradação do trabalhador que quanto mais trabalha menos recebe. Além disso, existem mecanismos de alienação e direcionamento das massas para que essa situação de exploração não seja questionada ou sequer entendida. Tais mecanismos se constituem como importante instrumento da ordem estabelecida e favorecem àqueles que detêm o poder, pois onde não há contestação ou cobrança, a facilidade para o auto-favorecimento, a corrupção e a impunidade é muito maior. A conseqüência disso é o agravamento da desigualdade social e de todos os demais problemas sociais.
Levando em conta o contexto histórico em que se insere a música servi- nos lembrar que o Brasil vivia o auge da Ditadura Militar, período negro da nossa história em que milhares de intelectuais e oposicionistas foram perseguidos, mortos e exilados. Apesar disso, no início da década de 70 o país estava em êxtase devido à conquista da Copa do Mundo, fato amplamente utilizado como propaganda do Governo Militar de Garrastazu Médici. Acresce-se a isso o “Milagre Econômico”, proporcionado pela invasão das multinacionais ao Brasil, e a forte propaganda do regime, levando a “massa” ao entorpecimento quase total.
É justamente aos donos do poder que encontramos fortes críticas, pois é para eles que “lá fora faz um tempo confortável”, procurando cuidar do normal e manter a “ordem” das coisas. Em relação a isso, o autor faz uma menção simbólica à perseguição aos opositores do regime e a forma como esse sistema era mantido com o “gado” à margem da realidade da situação. É utilizando a arma do simbolismo, da metáfora, da duplicidade de sentido que Zé Ramalho empreende sua crítica a esse estado de coisas e aos que mantêm essa situação. 
Essa condição de alienação e entorpecimento vivida pelo povo faz com que ele “contemple essa vida numa cela”. Essa prisão nada mais é do que a ignorância, o assujeitamento, o conformismo que impossibilitam a visão crítica e transformadora da sociedade. Preso ao sistema e dirigido por vontades alheias, exatamente como o rebanho no curral.
Enfim, é uma obra rica, de densidade social muito forte e que serve como alerta para que o “povo feliz” e “marcado” deixe de ter uma “vida de gado”.   
  

José Edson Ferreira Lima




Documentário: QUE PORRA É ESSA?!

Através de depoimentos de estudantes de todo o Brasil, presentes no 47º congresso da UNE, o vídeo mostra a lastimável situação do movimento estudantil brasileiro.

Assista aqui: 

Este documentário retrata muito bem como funciona o sistema de eleições congressuais que garante que a UJS permaneça majoritária na UNE. É bastante interessante, e vale a pena a paciência dos 9 minutos de cada parte.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Chacal, e a poesia marginal


"A palavra 'lúdico' é a chave para a poesia de Chacal".
(Leminski)



Reclame 

se o mundo não vai bem
a seus olhos, use lentes
... ou transforme o mundo.
ótica olho vivo
agradece a preferência
20 anos recolhidos
chegou a hora de amar desesperadamente
apaixonadamente
descontroladamente
chegou a hora de mudar o estilo
de mudar o vestido
chegou atrasada como um trem atrasado
mas que chega
---
Rápido e Rasteiro
Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida.
---
É proibido pisar na grama

o jeito é deitar e rolar
---
O outro

só quero
o que não
o que nunca
o inviável
o impossível

não quero
o que já
o que foi
o vencido
o plausível

só quero
o que ainda
o que atiça
o impraticável
o incrível

não quero
o que sim
o que sempre
o sabido
o cabível

eu quero
o outro

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Banda Gentileza

amo
adoro
36386 vezes elevadas ao infinito
mais duzentas e dez vezes

Sério, seríssimo pessoas. Ouçam Banda Gentileza.
acesse o site: bandagentileza.com.br
Lá dá para baixar, ouvir, ou comprar o CD. Bem digno. Além de acompanhar a agenda da banda, e se no caso você for de Joinville, dá para ficar torcendo toda semana para eles virem pra cá. *--------------------*





 (muito minha cara essa música, não que eu contrarie tudo U_U magiiina)


<3

A Banda mais bonita da cidade

bem linda mesmo, uhum.

Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na dispensa
Cabe o meu amor!
Cabe em três vidas inteiras
Cabe em uma penteadeira
Cabe nós dois
Cabe até o meu amor
Não volte pra casa meu amor que aqui é triste
Vá voar com o vento que só lá você existe
Não esqueça que não sei mais nada
Nada de você
Não me espere porque eu não volto logo
Não nade porque eu me afogo
Não voe porque eu caio do ar
Não sei flutuar nas nuvens como você
Você não vai entender
Que eu não sei voar
Eu não sei mais nada
<3


Carpinejar

"O amor não é para os equilibrados. Não somos feitos para nos encaixar, mas para arrebentar as caixas.
Seduzir é cutucar, esbarrar, encher o saco, expor as fantasias, ensaiar aproximações novas, não desistir da personalidade, contrariar as expectativas, fazer drama para despencar na comédia. "

"Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle."


terça-feira, 17 de maio de 2011

Nem Deus, Nem Patrão, Nem Marido

A história de 4 operárias que lançaram um jornal anarcofeminista. Esta é a base do filme “Nem Deus, Nem Patrão, Nem Marido”, de Laura Mañá, que estreiou na Argentina em 24 de junho de 2010.



Sinopse
Quando a polícia rosarina ameaça de morte Virgínia Bolten como represália a seu discurso anarquista, esta se emigra para Buenos Aires. Uma vez ali, busca refúgio na casa de Rogelio, um homem de espírito generoso e solidário que foi amigo de seu pai. Virgínia logo estabelece com Matilde, uma mulher também anarquista que leva a cabo sua militância em uma fábrica de fiação, propriedade de Genaro Volpone.
Este encontro se produz quando na fiação estoura um conflito pela demissão de uma das operárias. É nessa ocasião, a presença de Virgínia é decisiva para levar adiante o protesto. Ainda que as medidas de força não alcancem seus objetivos, como conseqüência da mesma se constitui um grupo que, junto a Virgínia, tentará tornar realidade um velho projeto desta: a edição de um periódico anarquista em que a voz da mulher ressoe com uma firmeza e contundência inédita para a época.
Depois de se salvar de vários revés, o periódico La Voz de la Mujer ganha as ruas, convertendo-se no primeiro na América Latina que englobou as idéias comunistas-anarquistas e feministas.
A fortaleza da personalidade de Bolten transcendeu os limites da cidade: ela encabeçou a primeira comemoração e marcha pelo 1º de Maio, em 1890.
Ficha artística
Maria Alche, Alejandra Darin, Ulises Dumont, Daniel Fanego, Ana Fernandez, Agatha Fresco, Joaquin Furriel, Esther Goris, Jorge Marrale, Laura Novoa, Eugenia Tobal.
Ficha técnica
Dirigida por Laura Maña; Roteiro: Graciela Maglie e Esther Goris; Diretor de produção: Facundo Ramilo; Fotografia: Oscar Perez; Som: Jorge Stavropulos; Música original: Mauro Lázzaro; Edição: Frank Gutiérrez; Vestuário: Graciela Gaján; Produtor executivo: Alejandra Brandan (Arg), Maria Jose Poblador (Esp); Produção Geral: Fernando Sokolowicz, Maria Jose Poblador, Claudio Corbelli.
Uma produção de San Luis Cine, Cinema Uno e Luna Films em co-produção com FELEI Cooperativa Ltda., Fundación C&M e Aleph Media com apoio de INCAA, ICAA e Generalitat de Catalunha. Distribuição: Primer Plano Film Group S.A.
A respeito de Virginia Bolten
Era filha de um vendedor ambulante alemão. Trabalhou em uma fábrica de sapatos e logo na empresa açucareira Refinaria Argentina de Rosário. Casou-se com um anarquista uruguaio de sobrenome Márquez, ativista no grêmio de sapateiros.
Em 1° de Maio de 1890, encabeçou a primeira manifestação pelo 1° de Maio em comemoração aos Mártires de Chicago, levantando uma bandeira negra em letras vermelhas com os escritos: “1° de Maio, Fraternidade Universal”. Logo depois de pronunciar um discurso revolucionário e difundir propaganda anarquista aos trabalhadores em frente da Refinaria Argentina, é detida sob a acusação de atentar contra a ordem social. Foi a primeira mulher oradora em uma concentração operária.
Durante 1896/1897 editou o primeiro periódico anarcofeminista La Voz de la Mujer, cujo lema era “Nem Deus, nem patrão, nem marido”. Neste periódico se divulgam os ideais do comunismo libertários, as injustiças contra os trabalhadores e em especial contra as mulheres. Também colaborou nas páginas do jornal La Protesta.
Participou como oradora em atos anarquistas em cidades como San Nicolás de los Arroyos, Campana, Tandil y Mendoza. Em novembro de 1900 foi presa junto a Teresa Marchisio e outros quatro anarquistas por organizar uma contramarcha em repúdio à procissão católica da Virgen de la Roca, em Rosário. Também organizou a “Casa del Pueblo” junto a outros anarquistas, realizando eventos políticos-culturais, debates, discussões, leitura de poesia e teatro para os operários. Em 20 de outubro de 1901 foi presa por distribuir propaganda anarquista nas portas da Refinaria Argentina durante um conflito em que morreu pela repressão policial o operário Cosme Budislavich. Em 1902 participou de uma manifestação em Montevidéu no 1° de Maio, e como oradora denunciou a Lei de Residência Argentina e a repressão ao movimento operário. Este ano participou também de um ato do Sindicato Portuário no teatro San Martín. Em 1904 voltou a Buenos Aires e formou parte do Comitê de Greve Feminino organizado pela Federação Operária Argentina, mobilizando aos trabalhadores do Mercado de Frutos de Buenos Aires. Essas febris atividades causaram em Virginia Bolten problemas de saúde; seus companheiros do grupo de teatro Germinal iniciaram uma coleta em seu benefício. Em 1905 foi novamente presa e seu companheiro Márquez foi deportado ao Uruguai, aplicando-se a Lei de Residência.
Em 1907, participou na greve de inquilinos como parte do “Centro Feminino Anarquista”, razão pela qual se aplicou a Lei de Residência e foi expulsa para o Uruguai, sendo Montevidéu seu lugar de radicação definitiva. Sua casa se converteu em uma base de operações dos anarquistas deportados da Argentina. No Uruguai se reuniu com sua família, composta por Márquez e seus filhos pequenos. Em 1909 colaborou com o periódico anarcofeminista dirigido por Juana Rouco Buela, La Nueva Senda (1909-1910). Em Montevidéu organizou protestos pela brutal repressão ao 1° de Maio de 1909 em Buenos Aires, onde as forças policiais de Ramón Falcón assassinaram cerca de uma dezena de operários. Também participou da campanha a favor do pedagogo Francisco Ferrer y Guardia, fusilado en Montjuich em 1911. Neste ano trabalhou na Associação Feminina – Emancipación, organizando as mulheres anticlericais, a operadoras telefônicas (em sua maioria mulheres) e ativa contra as sufragistas femininas.
Formou parte do grupo que apoiou o anarco-battlismo junto a Francisco Berri, Adrian Zamboni y Orsini Bertan (anarquistas que apoiavam ao regime do presidente reformista Battle y Ordóñez, que laicizou o estado e a repartição pública, além de nacionalizar empresas de capitais estrangeiros). Durante este processo, o anarquismo perdeu apoio popular e ganhou preponderância o Partido Socialista do Uruguai. Durante 1913 o periódico do partido, chamado El Socialista, atacou fortemente a Bolten e seu grupo, acusando-las de trair ao movimento operário.
Nos últimos anos de sua vida integrou o Centro Internacional de Estudos Sociais, uma associação libertária de Montevidéu durante 1923. Segundo se crê, continuou vivendo no bairro de Manga, em Montevidéu até sua morte, ao redor de 1960.
Virginia Bolten foi apelidada a “Louise Michel rosarina”.

 

Morre lentamente

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê , quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor proprio , quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito , repetindo todos os dias o mesmo trajeto, quem não muda de marca , não se arrisca a vestir uma nova cor , ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televião o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,quem prefere o negro sobre o branco, e os pontos sobre os 'is' em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos,corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho , quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva que cai incessante.

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo , não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não respondem quando lhe indagam sobre algo
que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O que será que será

que dá dentro da gente e que não devia?????

 EU NÃO SEI CHICO, PÁRA DE ME PERGUNTAR.
como diz meu amigo Sérgio!


Sabe aquele dia onde até os 5 patinhos foram passear e você ficou em casa? Então, eu sei. Daí você fica pensando em 50 milhões e meio de coisas que não existem, fica viajando, criando, refletindo sobre as coisas lá fora e tentando ver as coisas que acontecem dentro, né?

Chego sempre a mesma conclusão, de que gente é bicho estranho... consegue o dedo, não quer mais, quer a mão.

Neruda tem "O livro das perguntas", Fernando Pessoa o "Livro do desassossego", Galeano "Dias e noites de amor e guerra"... acho graça. Não tem livro das respostas, do sossego, da paz... e mesmo que tivesse, eu não compraria.
Viver é se perguntar, é conflito, é incerteza, agonia, dúvida, inquietação.
Constância é chato, deprime.
O problemas das pessoas, é que elas tem uma mania impertinente, de querer achar sentido em tudo. Como dizia Quintana: QUEM FAZ SENTIDO É SOLDADO!
Coisas certas, previsíveis, seguir o mapa, andar na trilha e nos trilhos não são pra mim.
Só sei uma coisa sobre andar no trilho: O TREM PEGA.



sexta-feira, 13 de maio de 2011

Liberdade

"O amor é um subproduto da liberdade; é a alegria transbordante da liberdade, é a fragrância da liberdade. 
Primeiro a liberdade tem que estar presente, então o amor a segue."
Osho

“Raul dormia na varanda. Não suportava ter um teto em cima da cabeça”.
Galeano

"Então o amor é isso...
Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço."
Mário Quintana

"Déjame libre las manos
y el corazón, déjame libre!"
Neruda 


imagens  Alice Popcorn

ser total

Se você puder penetrar em qualquer ato com todo seu coração, você é total.
E totalidade traz inteireza.
Totalidade traz saúde.
Totalidade traz sanidade.

Osho




 Imagens:

A moda e seu papel social: Classe, gênero e identidade das roupas

Bom, faz um tempinho que eu nao falo de moda, mas é que estava revendo alguns dos meus livros e achei esse aqui, que é muito bom para entender melhor sobre o que é MODA, seus conceitos e seu papel social.

Neste livro a autora traça um histórico das relações que mediaram a criação e as transformações no uso da Moda. Estudando a Moda desde sua origem, demonstra como sua função de indicar status social foi gradativamente alterada, nas sociedades contemporâneas, para a de fator de construção da identidade do indivíduo, mediante sua correspondência com valores que cada pessoa escolhe cultivar. A discussão histórica e sociológica desenvolvida neste livro e´, por isso, de grande interesse para os estudiosos da cultura, que nele encontrarão elementos para compreender os complexos mecânicos que determinam a aprovação e adoção de determinada aparência por membros de um grupo.
 Vale a pena conferir!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

vem do latim...


ESTOU COM FRIO: quero que você me abrace
TALVEZ: sim
ACHO QUE SIM: é óbvio
NÃO SEI: claro que eu sei mas não quero te falar
SÓ POR CURIOSIDADE: claro que não é só por curiosidade
NÃO FOI NADA: acho bom você se desculpar 24523 vezes
AHAM: não escutei o que você falou
OI?: repete
ENTÃO TCHAU: pede pra eu ficar mais um pouco porra
ÓUN:  vontade de te sequestrar e colocar na minha estante
DEIXA QUE EU TE LIGO: esquece, eu nunca vou te ligar
QUE BOM: ninguém perguntou
VOU NESSA: vou ficar invisível no msn
POIS ENTÃO: me beija logo cara
NÃO TENHO MEDO: não sai daqui
DORME BEM: dorme aqui
ESTOU QUASE AÍ: nem saí de casa
ESTOU QUASE TERMINANDO: ainda nem comecei
 
mais palavras para o dicionário! 
by @MenteDaMulher
 
Não foi nada, não! = Foi tudo!
Faça o que você achar melhor. = Se você fizer isso, eu vou te matar.
Não se preocupe comigo. =  Fique ao meu lado me paparicando o dia inteiro.
É só carência. = Estou à beira de um suicídio.

 


Não me canso NUNCA de Galeano

"Dos medos nascem as coragens; e das dúvidas as certezas. Os sonhos anunciam outra realidade possivel, e os delirios, outra razão.
Somos, enfim, o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é uma peça de museu, quietinha na vitrine, mas a sempre assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia.
Nesta fé, fugitiva, eu creio. Para mim, é a única fé digna de confiança, porque é parecida com o bicho humano, fodido mais sagrado, e à louca aventura de viver no mundo. "



De Pernas Pro Ar – A Escola do Mundo ao Avesso:


“A igualação, que nos uniformiza e nos apalerma, não pode ser medida. Não há computador capaz de registrar os crimes cotidianos que a indústria da cultura de massas comete contra o arco-íris humano e o humano direito à identidade. O tempo vai-se esvaziando de história e o espaço já não reconhece a assombrosa diversidade de suas partes. Através dos meios massivos de comunicação, os donos do mundo nos comunicam a obrigação que temos todos de nos contemplar num único espelho, que reflete os valores da cultura de consumo. “A televisão (...) não só ensina a confundir qualidade de vida com quantidade de coisas...”


“dez pessoas, os dez mais ricos do planeta, têm uma riqueza equivalente ao valor da produção total de cinqüenta países, e quatrocentos e quarenta e sete milionários somam uma fortuna maior do que ganha anualmente a metade da humanidade”

Tá todo mundo liberado para me dar de presente:

preciso precisar menos

não aguento mais o café de máquina
não aguento mais a máquina
não aguento mais correr pra pegar ônibus
correr para os lugares que eu não quero ir
comida artificial
sentimento artificial
pessoa artificial
cansei das pessoas
cansei do virtual
do superficial
do falso
quero mais toques
quero mais calor
quero abraços de manhã
quero beijo de boa noite
quero colo
quero querer
quero cheiro de café passado
quero pés descalços no tapete
grama
verde
quero ficar de pijama até meio dia
depois descer da nuvem e almoçar com meus amigos
quero um dia com 40 horas
ou que o relógio tiquetaque mais devagar
pra dar tempo de ter mais tempo
pra dar tempo de não fazer nada
quero mais laços
quero menos nós
mais poesia
menos classificados
quero evaporar

a dúvida é minha única certeza
viver me confunde

acho que eu preciso precisar menos
preciso precisar menos
precisar menos
bem menos
bem

só quero minha Pasárgada

sábado, 7 de maio de 2011

Anunciação

Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo peito nu cabelo ao vento
E o sol quarando nossas roupas no varal
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
A voz de um anjo sussurrou no meu ouvido
E eu não duvido já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais



Somewhere over the rainbow

Algum lugar além do arco-íris
Bem lá no alto
E os sonhos que você sonhou
Uma vez numa canção de ninar
Algum lugar além do arco-íris
Pássaros azuis voam
E os sonhos que você sonhou
Sonhos realmente se tornam realidade
Algum dia eu desejarei sobre uma estrela
Acordar onde as nuvens estejam longe atrás de mim
Onde problemas se derretam como balas de limão
(...)
As cores do arco-íris tão belas no céu
Também estão nos rostos das pessoas passando por ali
Eu vejo amigos se cumprimentando
Dizendo, "como você vai?"
Eles estão realmente dizendo, eu.... eu amo você
Eu ouço bebês chorarem e vejo-os crescerem
Eles aprenderão muito mais
Do que nós sabemos
And I think to myself
What a wonderful world

Judy Garland - The Wizard Of Oz, 1939

Norah Jones

Israel Kamakawiwo
Luiza Possi

sexta-feira, 6 de maio de 2011

mãe

Mãe, por que não me deixaste a vida inteira
Colando o umbigo, de castigo na soleira
Roendo unha e falando palavrão
Mãe, eu tava me esfregando com urtiga
Esmagando crânios de formiga
Com pau de sorvete esburaquei o chão

Mãe, por que não me deixaste a vida inteira
Esperando a hora da senhora vir da feira
Pra mandar o medo ir lamber sabão
Ô mãe, eu acho que engoli um parafuso
O mundo todo anda tão confuso
Eu queria tanto a tua mão

Mãe, vê se me desculpa a choradeira
Mas é que foi no melhor da brincadeira
Que a senhora me mandou crescer
Mãe, hoje já não deixo o nariz sujo
Já não coleciono caramujo
Mas ainda preciso de você
Mãe, por que ficaste assim a vida inteira
Cuidando pra que eu não batesse a moleira
Se era pra apanhar da vida, então
Mãe, por que a gente ainda se utiliza
De limpar os sonhos das mangas da camisa
De cortar os pés nos cacos de ilusão
Mãe, mandaste que eu não tomasse gelado
Me ensinaste a não ser mal educada
Me levaste à escola pela mão
Ô mãe, cuidaste bem da minha catapora
Hoje sou uma menina, e agora
Posso seguir o meu coração...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

criança

"Em minha casa reuni brinquedos
pequenos e grandes,
sem os quais não poderia viver.
O menino que não brinca não é menino,
mas o homem que não brinca,
perdeu para sempre
o menino que vivia nele
e que lhe fará muita falta."
Pablo Neruda   
 

Tu te tornas eternamente responsável...

"...por aquilo que cativas."
"...A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar..."


"...Se tu vens às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz..."

"...O Amor é a única coisa que 
cresce à medida que se reparte..."


"Fiz mal em envelhecer. Foi uma pena. Eu era tão feliz em criança..."


Antoine de Saint-Exupéry
TEMQUEVERISSAÊ 













Tapa na cara

 


"Vocês se preocupavam com essas coisas quando tinham a minha idade?Todas essas coisas acontecem bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções. Sou apenas uma criança e não tenho soluções, mas quero que saibam que vocês também não têm.Vocês não sabem como reparar os buracos da camada de ozônio!Vocês não sabem como salvar os salmões das águas poluídas!Vocês não podem ressuscitar os animais extintos!Vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram, onde hoje é deserto.Se vocês não podem recuperar nada disso, então por favor: parem de destruir!
(...)
Na escola desde o jardim da infância, vocês nos ensinaram a: sermos bem comportados, a não brigar com os outros, a resolver as coisas bem, a respeitar os outros, arrumar nossas bagunças, não maltratar outras criaturas, dividir e não ser mesquinho. Então porque vocês fazem justamente o que nos ensinaram a NÃO FAZER?"

terça-feira, 3 de maio de 2011

Coisa de tempo

... e a minha playlist da semana é sobre TEMPO, o que é isso? Não sei, mas estou precisando comprar... alguém aí sabe onde clica???



A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim


Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final



Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...


Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...



Tempo a gente tem
Quanto a gente dá
Corre o que correr
Custa o que custar
...
O rio fica lá, a água é que correu
Chega na maré, ele vira mar
Como se morrer fosse desaguar
Derramar no céu, se purificar
Deixar pra trás sais e minerais
Evaporar



 Só quero saber
Do que pode dar certo
Não tenho tempo a perder...


Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...
Eu pensei..
Que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar...



por que o tempo passa tão veloz?!
por que ele não pára pra gente respirar?!



Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora  



Que vantagem eu levei
Em ter um relógio
Que é suiço ou inglês
Sem andar
A que horas você vai chegar? 



Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou prá trás
Também o que nos juntou...



 Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...



Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?


Vermelho

As vezes eu só quero descansar
Desacreditar no espelho
Ver o sol se pôr vermelho

Acho graça

Que isso sempre foi assim
Mas você me chama pro mundo
E me faz sair do fundo de onde eu tô de novo

Nada sei dessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
Pra te procurar

Eu bem sei onde tudo vai parar
Já não tenho medo do mundo
Sou filho da eternidade

Trago nesses pés o vento
                     Pra te carregar daqui
                                                                      
                                                                            Mas você sorri desse jeito
 E eu que já perdi a hora e o lugar
Aceito.

Não tenho medo do escuro

...mas deixe as luzes acesas.

domingo, 1 de maio de 2011

Ai Weiwei



By Avaaz 


O artista chinês conhecido e amado no mundo todo Ai Weiwei foi abduzido pelas forças de segurança da China. Todo vestígio da vida e da arte de Ai foi apagado da internet chinesa, e sua única esperança pode ser uma manifestação global por sua libertação.

Temeroso pelos protestos pró-democracia que têm varrido o mundo, o governo tem reprimido centenas de artistas, intelectuais, estudantes e cidadãos chineses críticos ao governo. Mas ao redor do mundo, artistas e amantes da arte começaram a se manifestar em solidariedade a Ai.

A elite chinesa é uma grande consumidora de arte contemporânea, e está planejando uma grande feira de arte em Beijing. Se artistas e galerias internacionais permanecerem distantes da China até que Ai seja libertado, eles atingirão o regime. Vamos construir uma onda global massiva de apoio para que os principais artistas e galerias parem de exibir suas obras na China até que Ai Weiwei seja libertado. Nós entregaremos a petição na próxima Bienal de Veneza e em outras mostras:

http://www2.avaaz.org/po/artists_for_ai_weiwei/?vl

Dezenas de galerias e artistas de mais de 15 países estão neste momento se preparando para a Beijing Art Expo e outras mostras. Nós apresentaremos nossa petição a todos os artistas e galerias proeminentes, e apresentaremos suas respostas em nosso site, mobilizando o mundo artístico a se posicionar fortemente em favor de Ai e de todas as outras pessoas presas por expressarem suas opiniões.

A China por vezes parece imune à pressão internacional, mas o ativismo artístico poderá funcionar. Quando estrelas do esporte permaneceram distantes da África do Sul, chamaram a atenção para o regime brutal de apartheid, apressando a libertação de Nelson Mandela. Junto com artistas e marchands internacionais nós podemos conseguir agora alcançar o mesmo efeito.

O crime de Ai Weiwei foi se manifestar contra a corrupção e a injustiça na China. Por princípio ele se demitiu da equipe que estava projetando o estádio olímpico "Ninho de Pássaro", criticou a corrupção por trás das escolas pobremente construídas que mataram crianças no terremoto de Sichuan e expressou esperança de que as revoluções no Oriente Médio possam levar à mudança na China. Agora ninguém sabe onde ele está sendo mantido e porquê. Vamos convocar artistas e galerias a se unirem pela libertação de Ai Weiwei:

http://www2.avaaz.org/po/artists_for_ai_weiwei/?vl

Os pais de Ai passaram 16 anos em um campo de trabalhos forçados por seus princípios. Naquele tempo a China estava isolada do mundo, mas agora os tempos mudaram. As nossas vozes contam - vamos usá-las agora por Ai e pelos artistas vocais da China, e pela nova China que eles estão lutando para criar.


Leia mais:

Ativista dos direitos humanos Ai Weiwei continua preso:
http://tv2.rtp.pt/noticias/index.php?t=Ativista-dos-direitos-humanos-Ai-Weiwei-continua-preso.rtp&article=430899&visual=3&layout=10&tm=

Publicada entrevista a Ai Weiwei pouco antes de ser detido
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1823023

Comunidade artística organiza manifesto mundial pela libertação de Ai Weiwei
http://www.publico.pt/Cultura/comunidade-artistica-organiza-manifesto-mundial-pela-libertacao-de-ai-weiwei_1489855

Hackers chineses atacam site com pedido de libertação do artista Ai Weiwei:
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jB7NIm2OL3BioBMlNzrT6XdBp_sg?docId=CNG.0c12dd285c7c7ff94fd0a380ed8dd390.2f1

Prisão de Ai Weiwei inunda internet chinesa de "amor pelo futuro"
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5061885-EI8143,00-Prisao+de+Ai+Weiwei+inunda+internet+chinesa+de+amor+pelo+futuro.html