quinta-feira, 28 de outubro de 2010

porque Clockwork Orange?




Durante a aula de Estudo da LInguagem Visual, a professora Marina http://marinapzn.tumblr.com/, levantou a questão: Porque o filme Laranja Mecânica tem esse nome????
Invoquei o poderoso oráculo... Google!
O filme tem esse nome então, em decorrência de curiosos aspectos linguístos.
Ao final do livro de Anthony Burguess encontramos um glossário para a gíria “nadsat” falada pelos personagens. Um estudo mostra que a grande maioria das expressões deriva do russo. Por exemplo: Baboochka, do russo Babooshka (avó) ; Devotchka, do russo Devochka (garota). O livro foi escrito no auge da guerra fria e Burguess provavelmente imaginou ou brincou com a possibilidade de que a grande polarização econômica entre EUA e URSS iria gerar no futuro efeitos culturais e lingüísticos na Inglaterra. Outras expressões do glossário “nadsat” são gírias, trocadilhos, novos sentidos para velhas palavras, etc. O título original do livro, “A Clockwork Orange” não significa apenas a tradução literal – Laranja Mecânica. Uma das expressões encontradas no glossário com um novo significado é justamente orange, que além de laranja passa a designar também “homem”. Isto se dá por um trocadilho feito com a semelhança fonética de orange com orangutan (orangotango, primata altamente desenvolvido, e como o gorila e o chimpanzé, “parente” do homem). Ou seja, temos aí “Homem Mecânico”, que é o que Alex se torna após o condicionamento, um ser programado, sem poder de escolha. Outra versão seria de que o termo vem de uma velha expressão “Cockney” que designaria tipos estranhos (havia a expressão tão esquisito quanto uma Laranja Mecânica – “as queer as a clockwork orange”); há certa ironia em dizer que algo orgânico possa ter mecanismos e engrenagens.
     Alex De Large, o nome do personagem principal, além de ser anagrama de Alexandre, o Grande, tem um significado extra: A-lex, do latim sem lei. Ele é um ser guiado por seus instintos e interesses, desprovido de moral ou consciência.






O filme tem uma linguagem visual mega conceitual e excêntrica, serve como referência para muitos designers e profissionais do gênero.
Delta Lab, um dos  primeiros "designer recording studio" do mundo criou salas feitas na tríade preto-branco-e-vermelho e os ambientes inspirados no filme.




A coleção masculina no último dia do SPFW Verão 2011de Alexandre Herchcovitch, teve como um de seus temas o protagonista do filme (Alex DeLarge).
Ah, vai.. essa mesa de centro, desenhada pelo designer de interiores búlgaro Svien Gamolov, também deve ter sido inspirada no filme!





















E por aí vai...bonecos, miniaturas, desenhos etc.
quem nao assistiu ainda, assista! Porque é um clássico!
http://www.youtube.com/watch?v=5n2NXuQ5ako

móveis coloniais de acajú

Banda brasiliense apresentacanções que misturam rock e ska com ritmos brasileiros e do leste europeu.

 
 Do que é ruim eu me esqueço
O bom eu quero mais
Na tristeza eu quero avesso
Agora quero paz
Saiba que todo fim
É um recomeço
(indiferença)

Mas essas tuas chaves já não
Servem mais
Meu quarto e sala já tem um corretor
E se você quiser terá de alugar meu amor
(...)
Vê se vem buscar o que
Restou aqui de lembranças
Pois já é hora de pôr recordações para fora
(aluga-se-vende)


A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
(o tempo)



Tudo que eu queria dizer
Alguém disse antes de mim
Tudo que eu queria enxergar
Já foi visto por alguém
Nada do que eu sei me diz quem eu sou
Nada do que eu sou de fato sou eu
Tudo que eu queria fazer
Alguém fez antes de mim
Tudo que eu queria inventar
Foi criado por alguém
Nada do que eu sou me diz o que sei
Nada do que eu sei de fato é meu
Algo explodiu no infinito
Fez de migalhas
Um céu pontilhado em negrito
Um ponto meu mundo girou
Pra criar num minuto
Todas as coisas que são
Pra manter ou mudar
Sempre que eu tento acabar
Já desisto antes do fim
Sempre que eu tento entender
Nada explica muito bem
Sempre a explicação me diz o que sei:
?Sempre que eu sei, alguém me ensinou?
Algo explodiu no infinito
Fez de migalhas
Um céu pontilhado em negrito
Um ponto meu mundo girou
Pra criar num minuto
Todas as coisas que são
Pra manter ou mudar
Agora reinvento
E refaço a roda, fogo, vento
E retomo o dia, sono, beijo
E repenso o que já li
Redescubro um livro, som, silêncio,
Foguete, beija-flor no céu,
Carrossel, da boca um dente
Estrela cadente
Tudo que irá existir
Tem uma porção de mim
Tudo que parece ser eu
É um bocado de alguém
Tudo que eu sei me diz do que sou
Tudo que eu sou também será seu
(pra manter ou mudar)



http://www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/banda/
www.myspace.com/moveis

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Florbela Espanca

Florbela Espanca foi uma poeta portuguesa. Precursora do movimento feminista em Portugal. Sua caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito.


Teus olhos têm uma cor
de uma expressão tão divina,
tão misteriosa e triste.
Como foi a minha sina!!!


É uma expressão de saudade
vagando num mar incerto.
Parecem negros de longe...
Parecem azuis de perto...


Mas nem negros nem azuis
são teus olhos meu amor...
Seriam da cor da mágoa,
se a mágoa tivesse cor.


A Vida

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo" Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

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"...Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros
Sem nos dar braços para os alcançar?!..."

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"Estou cansada, cada vez mais incompreendida e insatisfeita comigo, com a vida e com os outros. Diz-me, porque não nasci igual aos outros, sem dúvidas, sem desejos de impossível? E é isso que me traz sempre desvairada, incompatível com a vida que toda a gente vive."

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Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade

tattoos













domingo, 24 de outubro de 2010

despedida...




















Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.


A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.


A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…


Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.


É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.


Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.


Martha Medeiros


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

pratique o desapego!

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível , um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.


amor?

"Comprovei que tudo que já foi escrito sobre o amor é verdade. Shakespeare disse: "as buscas terminam com o encontro dos apaixonados". Que idéia maravilhosa!! Pessoalmente, eu nunca passei por nada parecido com isso. MAs estou convencida de que Shakespeare já. Suponho que penso no amor mais do que deveria; me admira o grande poder do amor em alterar e definir as nossas vidas. Shakespeare também disse que o amor é cego. Isso sei que é verdade.
Para alguns, sem explicação, o amor se apaga. Para outros o amor se vai.. ou brota quando menos se espera, mesmo que seja só por uma noite.
No entanto, existe outro tipo de amor. O mais cruel... aquele que quase mata suas vitimas. Chama-se "amor não correspondido". E nesse tipo, sou experiente. A maioria das histórias de amor falam das pessoas que se amam mutuamente. Mas, o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Aqueles que se apaixonam sozinhos? Somos vitimas de uma relação unilateral. Somos os amaldiçoados dos amantes, somos os não amados. Os mortos vivos, os deficientes sem estacionamento reservado..."

domingo, 17 de outubro de 2010

Worth 1000

Unindo a arte clássica à estética contemporânea, o site Worth 1000 lançou um concurso interessante, Intitulado Graffiti Ren (abreviatura de “Renascimento”). O consurso convocou o público a grafitar telas de pinturas oriundas de tempos passados, realizando uma releitura de acordo com os padrões artísticos vigentes.
O resultado, uma compilação de mais de quarenta trabalhos, contou com intervenções em pinturas de mestres como o romântico Francesco Hayez (1791 - 1882) e o barroco Bartolomé Estevab Murillo (1618 - 1682). Também foram realizadas alterações em trabalhos de artistas modernos, como Salvador Dali e (1904 - 1989) e M. C. Escher (1898 - 1972).  



http://www.zupi.com.br/index.php/site_zupi/view/arte_classica-contemporanea/







Peter Gibson


Peter Gibson, conhecido também como  Roadsworth, começou a pintar as ruas de Montreal em 2001, motivado pelo desejo de ter mais vias para bicicletas na cidade, e pelo questionamento do “culto ao carro”. Em 2004, Roadsworth foi preso pelas suas atividades noturnas, mas obteve uma sentença menor devido ao apoio do público.
Peter faz questão de dizer que altera os sinais de trânsito de Montreal para dar mais beleza e uma aparência mais light no trânsito pesado da cidade.









Graffiti

Bom, eu não consigo imaginar uma cidade sem graffites, lambe-lambes e outras maneiras de intervenção urbana. Acho que isso tudo faz parte do nosso cotidiano, muda um pouco a nossa rotina, é bom olhar para tudo isso, saber que um artista verdadeiro passou por ali, para deixar seu recado, sua mensagem, para quem quiser ver, sem cobrar nada, por amor! Esses são os verdadeiros artistas, merecem nosso apreço, consideração e respeito. Mudam um pouco esse nosso cenário cinza, trazendo esperança, choque, consciência, reflexão. Aplausos!
A seguir algumas imagens...












E Joinville também tem  viu??? Eu queria colocar meio milhão de fotos, mas não dá! E gostari de citar alguns nomes, mas se eu corro o risco de esquecer alguém... melhor deixar pra lá e apreciar o trampo responsa da galera!
;D